A volta para o escritório ou a ida para o futuro do trabalho?

Porque o modelo híbrido de trabalho que se aproxima pode ser uma oportunidade para o impulsionamento de pessoas e negócios.

Quem lidera times foi desafiado a transportar a experiência do colaborador de forma efetiva para as telas. Nossas equipes foram privadas de conexão e  troca, que gerava a conexão humana impulsionadora do trabalho em equipe. No artigo “Cansados de Telas, Carentes de troca”, pude aprofundar esta reflexão e agora, na contagem regressiva para o retorno seguro ao escritório, o verbo “voltar” soa dissonante em meio ao grande espaço que se abriu para os novos formatos de trabalho.

Às vésperas de colocar em prática a nova rotina de trabalho, temos a missão de desenhá-la com a certeza de que aquele modelo 9AM-5PM perfeito para o trabalho repetitivo da revolução industrial não coloca nossos times no nível de energia e real presença que as demandas sobretudo humanas do trabalho dos tempos de hoje nos pedem.

Cada vez mais, podemos nos munir de ferramentas e tecnologia e liberar nossas equipes dos trabalhos excessivamente manuais – liberando potencial humano para investirmos nosso tempo no que só pessoas podem fazer: criar soluções, simplificar processos, conectar idéias e criar produtos e serviços com a genialidade que só a criatividade coletiva de nossos engajados times é capaz de fazer.

Vimos nos últimos meses a área de Pessoas ganhar força nas organizações. Acompanhamos empresas que já haviam investido em cultura e estava confiantes do engajamento de seus colaboradores anunciar o fim de seus escritórios e o trabalho remoto como padrão. Vimos empresas que foram capazes de impulsionar uma agenda de inovação ao enfatizar a inovação de baixo para cima, integrar as idéias da linha de frente e estimular a criatividade e o empreendedorismo dos funcionários na realização do trabalho.

Neste sentido, se a cultura do comando-controle pode ainda funcionar em certas organizações, já cheira a mofo para quem está à frente e visualiza a inovação associada não apenas ao produto do trabalho, mas a forma em que nos organizamos para produzir valor em conjunto. Se foram as empresas de base tecnológica que, em um passado não tão distante, ousaram repensar a gestão de pessoas e foram os primeiros a colher os benefícios da construção intencional de cultura e engajamento de equipe, agora são as empresas de outros segmentos e com gestão de equipes mais tradicionais, que sentem a pressão pela reinvenção de sua cultura organizacional – mobilizadas, é verdade, pela dor de perda de talentos ou baixa produtividade, especialmente em tempos de trabalho remoto.

Após meses em casa, os valores pessoais e de propósito de vida de nossos times ganhou força. Estamos todos mais conscientes de que em cada momento de nossas vidas que passamos trabalhando, não estaremos vivendo a simplicidade da convivência com nossos filhos. Minha aposta é que entraremos nesta nova fase do trabalho moderno com olhar mais crítico em relação à conexão do que fazemos com nossos valores pessoais. O preço de atuar 40 horas por semana fazendo algo que não se conecta 100% com nossos valores pessoais vai ser muito mais alto. O trabalho vai precisar ser muito mais do que emprego.

Assim, essa movimentação radical que impactou nossas vidas, pede novos movimentos. Neste sentido, a nova ida para os escritórios se apresenta cheia de oportunidade para líderes que já perceberam que precisam ir além em relação à forma como conectam pessoas ao propósito do negócio. Temos à frente uma folha com grandes espaços em branco, e a quebra provocada pela pandemia traz agora uma oportunidade única de criação de novos padrões e valores e do desenho intencional de cultura alinhada à estratégia de negócios. 

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