Integrando Marketing e Cultura Organizacional

Neste artigo de Gisele Feth, fundadora da CultureCode, ela conta como foi o processo de integrar marketing à RH, que deu início ao nascimento da operação.

Muita gente me pergunta sobre como foi o processo de deixar para trás a jornada de marketing em empresas de tecnologia e mergulhar no desafio de pessoas. Isso rendeu até convite para o podcast do Employer Branding Brasil e é uma história que adoro contar.

Como profissional de marketing especializada em tecnologia, sinto que o que fiz melhor profissionalmente foi acelerar o crescimento de empresas. A minha paixão sempre foi fazer o avião decolar. Trabalhar com tecnologia aconteceu por afinidade de visão de mundo: desde muito cedo, acreditei que, no futuro, máquinas fariam tudo aquilo que podem fazer, para liberar as pessoas para o que só pessoas são capazes.

A paixão por criar histórias emocionais para serviços e produtos tecnológicos era o que me tirava todos os dias da cama. Fazer isso com um time que sonhava junto – realidade fácil de ser encontrada nas startups – me mobilizava.

Neste contexto, fazer puramente marketing era improvável. A paixão das pessoas à minha volta era meu principal motor, e o que eu queria mesmo era construir histórias de dentro pra fora, e contar para o mundo as coisas incríveis que estávamos criando juntos.

Agências podem ser grandes aliadas, especialmente porque nos ajudam a fugir da miopia do marketing ao trazer um olhar de fora. Mas a construção de marcas e campanhas feitas unicamente pelas agências, de forma plástica e enfeitada, guiadas apenas para ser “melhor” que a concorrência, me soava pura perfumaria.

Nem tudo foi boa história para contar. Fiz parte de startups que cresceram absurdamente, mas também de outras que fizeram pousos forçados logo após a decolagem. Vivi – sempre intensamente – as duas situações. E com o tempo, entendi que empresas que tinham propósitos claros e eram formadas por profissionais que compartilham valores comuns criavam e executavam com mais agilidade. E foram justamente estes os negócios que decolaram – alguns deles, se tornando líderes de mercado.

Existia uma espécie de fórmula mágica nestas empresas, que as fez crescer com velocidade. Mas quem viveu essas histórias de dentro para fora pode dizer: não foi pura sorte.

Fazer parte destes times era como adentrar em um certo campo magnético, uma espécie de universo paralelo corporativo, onde as pessoas podiam ser elas mesmas, fazer as coisas em alinhamento com seus valores e, na maior parte das vezes, ser felizes profissionalmente, individualmente, mas, especialmente, como grupo.

Com o tempo, meu trabalho de marketing já não era só marketing. Eu ainda era gerente de marketing, quando minhas campanhas eram co-criadas com o time e lançadas primeiro dentro de casa. O termo Employer Branding ainda nem tinha chegado aos meus ouvidos quando assumi projetos maiores, como fazer parte de um time de marketing global. Eu passei a ser a “pessoa do marketing” que co-criava os materiais que lembravam a todos – nosso time e clientes – que o jeito que fazíamos as coisas ali era único, autêntico, e impulsionava nossos resultados.

Com o tempo, fui estudando e entendendo que não foi por mera sorte que gigantes de tecnologia, conhecidas por culturas que causavam estranhamento e curiosidade no início, cresceram monstruosamente, enquanto outras, com modelos de negócio e produtos semelhantes, passaram despercebidas. Entendi que cultura não é algo dadivoso. Assim como o plano de negócios e o marketing, cultura é um intangível de altíssimo valor, e que qualquer empresa que queira ter sucesso deve delinea-lá e encontrar formas de transformá-la em experiências, de forma intencional e mensurável.

Esta “cola” chamada cultura organizacional se torna real quando se tem algo aparentemente simples: alinhamento de valores. Ele faz com que as coisas sejam feitas de um jeito comum, que se torna óbvio quando um grupo de pessoas compartilha naturalmente dos mesmos valores e estes valores e comportamentos são intencionalmente incentivados.

Com isso, vejo a mesma lógica entre atração e ferramentas do marketing, só que ao invés do consumidor escolher um produto porque ele está associado a valores e um lifestyle próprio, no caso da cultura organizacional, o profissional e a empresa se encontram por acreditarem no mundo comum que desejam construir juntos.

Agora, chegou a hora de multiplicar esta visão e torná-la acessível a outras empresas. E assim, nasce a Culture Code: um estúdio de inovação em cultura organizacional, que metrifica códigos culturais, possibilitando que gestores construam cultura de forma intencional e mensurável.

Quer saber como posso te ajudar a unir branding e cultura para impulsionar o crescimento de sua empresa? Vamos bater um papo: https://calendly.com/giselefeth/15min.

Foto: Clark Tibbs on Unsplash

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